quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Japão coopera com a cidade de São Paulo na reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos


Fonte:Nhk World Press

O estado de São Paulo deu início, no final de outubro, a uma iniciativa para reciclar resíduos de equipamentos eletroeletrônicos com a cooperação do Japão.

Ao reciclar esse tipo de lixo, é possível recuperar riquezas como metais raros. Além disso, se esses equipamentos eletroeletrônicos não forem processados corretamente, eles podem liberar produtos químicos nocivos. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil estima que o país inteiro vai produzir 1,1 milhão de toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos este ano.

Hoje, para o Comentário, conversamos com o presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de São Paulo, Silvano Silvério da Costa, sobre as medidas que foram tomadas na capital do estado.

Começamos pedindo a ele que nos explicasse a questão desse tipo de resíduo.

"São Paulo é a maior cidade do Brasil e da América Latina, e como toda grande cidade, têm muitos problemas para serem resolvidos. Estima-se que, no município, são 30 mil toneladas de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos gerados todos os anos.

O prefeito decretou em abril deste ano o plano de gestão integrada de resíduos da cidade de São Paulo, com a perspectiva de reduzir a quantidade de resíduos que ainda é levada para os aterros sanitários e aumentar a reciclagem dos resíduos. E a reciclagem considera também os resíduos eletroeletrônicos.

A cidade de São Paulo tem uma forma de fazer a devolução dos resíduos pós-consumos. Tem um canal de comunicação no nosso site. Tem uma cooperativa de catadores que trabalham com a parte de recebimento e a comercialização dos resíduos eletroeletrônicos para cadeia da reciclagem de alguns equipamentos. Tem algumas indústrias que fazem esse tipo de triagem de equipamentos eletroeletrônicos. Mas a quantidade de resíduos que se gera é bem maior do que a estrutura montada para a devolução. Porque no Brasil hoje ainda não está implementada a logística reversa de forma sistematizada de eletroeletrônicos."

Um projeto conjunto com a JICA, a Agência de Cooperação Internacional do Japão, teve início em outubro. Qual é o objetivo do projeto?

"O Japão tem uma tradição muito grande pelo manejo dos resíduos, sobretudo dos resíduos eletroeletrônicos. A logística reversa de eletroeletrônicos é um dos instrumentos da política nacional, então o nosso interesse em cooperar foi no sentido de ter alguns especialistas japoneses que vivenciaram e implantaram toda essa estrutura de reciclagem e de logística reversa no Japão, e aprender com as experiências japonesas inclusive as plantas de triagem que possam fazer também o aproveitamento dos resíduos no mercado nacional, além das partes triviais como as partes de componentes de plástico e vidro, mas também alguns equipamentos mais complexos que têm maior valor.

A nossa expectativa é que consigamos evoluir em toda cadeia de eletroeletrônicos, tanto fabricantes e importadores como o próprio comércio e distribuidores, numa relação pactuada, podendo definir uma forma para recepção desses resíduos. Depois, a destinação adequada dos resíduos para reuso, daquilo que é possível ser reusado, reutilizado, reciclado, e depois disto, a disposição adequada dos rejeitos que virtualmente possam vir."

Este foi o Comentário, hoje com Silvano Silvério da Costa, presidente da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana de São Paulo, falando sobre a reciclagem de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos.

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