quinta-feira, 4 de junho de 2015

Polícia tem dificuldade em combater estabelecimentos ilegais de remoção de tatuagens que oferecem serviços econômicos


A polícia não consegue manter o ritmo da repressão às casas que removem tatuagens ilegalmente, segundo matéria do jornal Mainichi, de 27 de maio. Os clientes, em sua maioria jovens que precisam remover as tatuagens por conta de um novo emprego ou de casamento, procuram os locais clandestinos mesmo sabendo dos riscos. O motivo seria a verba apertada que estes clientes dispõem para realizar o serviço e os baixos preços cobrados por estes estabelecimentos.

Nos últimos anos, porém, os casos de danos à pele vem aumentando consideravelmente, e a polícia não consegue conter essas casas. A reportagem do jornal ouviu um homem, na faixa dos 30 anos, sem identificá-lo, que atende clientes para esse tipo de serviço no seu apartamento em Osaka (província homônima). “Comprei um equipamento a laser, pela internet, porque um amigo me falou que dá para ganhar dinheiro. Paguei cerca de 1,7 milhão ienes e mesmo sem ser médico, atendo”, conta o homem que abriu suas portas na primavera de 2010, num local movimentado da capital.

Ele divulga o serviço na sua página da internet e cobra 20 mil ienes por sessão. Clientes, geralmente mulheres entre 20 e 30 anos, contam que querem se vestir de noiva no casamento, querem entrar na piscina junto com o bebê ou fazer academia de polícia, entre outros motivos. O prestador de serviço, temendo ser pego em flagrante, conta que  já apagou o endereço e número de telefone da página, realizando contato com seus clientes somente através do aplicativo de celular Line. E admite:  “pode ser que eu seja o próximo preso”.

Uma mulher que encerrou atividade semelhante conta à reportagem que tomou a decisão depois da polícia prender o fornecedor dos equipamentos que ela utilizava. Com medo de também ser presa, desistiu do mercado clandestino. Ela conta que atendeu muitas mulheres que queriam apagar a tatuagem por causa do casamento ou porque queriam ter filhos sem esse “modismo”.

Funcionamento das clínicas legalizadas

A Takasu Clinic, cujo representante foi entrevistado pela reportagem, declarou que o número de clientes aumentou em cerca de 40% em relação aos últimos 5 anos. Na clínica, dependendo do tamanho da tatuagem a ser removida, o tratamento chega a ultrapassar 1 milhão de ienes, não sendo permitido usar o seguro saúde para cobrir as despesas. Ainda assim, a clínica afirma ter atendido mais de 700 clientes, somente em 2014.

Em maio, a polícia prendeu um tatuador de Osaka que fez atendimento em mais de 2,2 mil pessoas durante 3 anos. Segundo a reportagem, também foi fechada uma empresa que importou da China cerca de 300 equipamentos a laser para remoção de tatuagem. Ao revender esses equipamentos para salões de beleza espalhados por 40 províncias do país, a empresa teria faturado, aproximadamente, 400 milhões de ienes.

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